 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia
|
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia |
 |
José Raposo Fotografia
|
 |
José Raposo Fotografia |
 |
Campestre,
despojado, delicado, rente ao que nos é essencial. Assim quisemos o nosso
casamento. O dia do enlace tinha de ter a nossa cara. E nós somos duas
pessoas discretas. Quisemos a igreja elegante, mas simples, com flores brancas.
Confiámos nas mãos habilidosas da D. Odete Nelas, que habitualmente trata dos
arranjos florais da igreja da minha paróquia. Conversámos com a D. Odete, que
era amiga da minha mãe, e ela com todo o gosto (e bom gosto) embelezou, de
forma despojada, o local onde eu e o Hugo trocámos as alianças. A cerimónia foi
bonita e comovente, com a boa disposição e as palavras certas do padre Jorge
Carvalhal Pinto a iluminarem ainda mais o nosso dia.
|
Ao
contrário de muitos noivos, que visitam vários espaços para decidir o local do copo-d’água,
nós desde o início sabíamos que queríamos muito casar no Paço dos Cunhas, em
Santar, a poucos quilómetros quer de minha casa, quer da igreja. Esta unidade
de enoturismo, plantada no coração do Dão, é fabulosa. Para nós, afigurou-se o
local de sonho para a nossa festa, com uma arquitectura secular, onde
naturalmente impera o granito, com jardins palacianos e vinhas, com um pátio
exterior e um salão acolhedor (embora pequeno, o que nos obrigou a limitar o
número de convidados). Mas se o cenário já era perfeito, a comida não ficava
atrás, fruto de uma cozinha de autor que reinventa a cozinha tradicional
portuguesa, pela mão sapiente do chef Henrique Sampaio Ferreira. Além disso,
saberíamos que ao casarmos numa quinta produtora de vinhos, teríamos bebidas de
qualidade. Outro aspecto curioso é que a festa incluiria uma visita às caves da
Casa de Santar. Coincidentemente, no regresso da visita às caves, os convidados
tiveram ainda a oportunidade de assistir a um concerto da Banda Filarmónica de
Santar, que actuava no largo no centro da aldeia, mesmo em frente à entrada
principal do Paço dos Cunhas.
As
ideias para a decoração do copo-d’água foram surgindo ao longo dos meses que
antecederam o casamento. Para tal, eu e o Hugo contámos com a ajuda das minhas
amigas-manas e da Ana Paula, responsável pelas relações públicas do Paço dos
Cunhas. No centro das mesas, uma base de madeira, com uma jarra de vidro com
hortênsias brancas, um vaso branco com uma suculenta (símbolo de resiliência),
uma rolha a servir de suporte para os marcadores de mesa desenhados pelo Hugo.
Os guardanapos com a ementa foram decorados com um cordel e lavanda. Sim, a
lavanda tinha de marcar presença na festa. Mas quase não conseguíamos.
Estávamos a contar usar lavanda do jardim de uma prima, mas dias antes do
casamento, as plantas dela estavam já com um aspecto seco. Fiquei desolada. Mas,
felizmente, uma amiga falou com uma outra pessoa amiga que tinha lavanda no seu quintal e esta, gentilmente, ofereceu-me a quantidade que precisava para a
decoração. Fiquei tão, mas tão feliz.
Como
a botânica acabou por ser o tema do casamento, o Hugo desenhou 11 diferentes
flores ou plantas que fossem significantes para nós e ilustrassem os marcadores
de mesa e a distribuição dos convidados. Assim, acabámos por escolher a
orquídea (que foi a nossa mesa), a tulipa, welwitischia mirabilis (em
referência à minha passagem por Angola), rosa, girassol, flor de laranjeira,
cacto, jarro, lavanda, trevo e papoila. Adorei o resultado final do trabalho do
Hugo, tanto que, um dia, iremos imprimir todos os desenhos, emoldurá-los e colocá-los
numa parede de nossa casa.
Para
afixar as folhas com a distribuição dos convidados acabámos por utilizar duas
malas lindas que comprámos há vários meses e que já tínhamos como elementos
decorativos na nossa sala de estar. Preenchemos as malas com hortênsias do
jardim da D. Rosa, sogra do meu irmão. Este é um dos aspectos mais tocantes do
nosso casamento: contar com a generosidade e o carinho de várias pessoas
amigas. Estamos muito gratos por isso.
Os
menus e o livro de honra contaram com o logotipo do nosso casamento, que já
marcava presença nos convites. De fora da nossa festa também não poderia ficar
a orquídea renascida do Hugo, nem o postal maravilhoso, com um casal
apaixonado, que o meu marido tinha comprado num antiquário em Amesterdão,
quando lá estivemos no ano passado.
Para
finalizar, falta falar do bolo dos noivos, que foi a primeira coisa a decidir
aquando dos preparativos. Eu sabia que teria de ser um bolo da
Velvet Cupcake & Coffee porque esta pastelaria de Viseu faz bolos deliciosos
com decorações encantadoras. Por isso, ainda em Dezembro, mesmo antes de
definirmos a data do enlance, ficou acordado com a Velvet que o sabor do bolo seria red velvet com recheio de creme de leite e frutos vermelhos. A escolha da
decoração, essa, já foi mais em cima da data do casamento. Mandámos
imagens do que pretendíamos, mas o resultado final só o vimos mesmo na hora do
corte do bolo. E ficou maravilhoso. Delicado, despojado, campestre, com lavanda
e folha de oliveira. A nossa cara. O corte do bolo foi feito ao som da música “Starálfur”,
dos Sigur Rós, no pátio do Paço dos Cunhas, debaixo de uma nogueira, à
semelhança do cenário do pedido de casamento. A enfeitar a nogueira e a mesa do
corte do bolo, as lanternas que iluminaram o início de noivado. Tudo fez
sentido. Tudo foi muito sentido.
Comentários
Enviar um comentário